Sinto te a ir embora devagarinho, como olhos a acordarem de manhã e a habituarem se à luz que julgavam ser suficiente. Já cansada de a casca não bater certo com o miolo, como a maior parte. Já moras dentro de mim, és a primeira coisa que penso de manhã e a última à noite. Talvez seja só solidão, talvez seja paixão, não estou bem certo. Olhos de lobo, pele de carneiro e garras em mim a despegarem devagar sem deixar tempo de sarar. A depressão talvez me mate desta vez.
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