quinta-feira, 26 de maio de 2016
Raiva
Hoje por momentos deixei de fingir. Hoje, agarrei no meu eu, no eu que eu sou, e trouxe-o para mais perto do eu dos outros. Os momentos foram-se, voltou a raiva.
sábado, 21 de maio de 2016
Sou o encargo, o peso, que sentes no peito e tentas aliviar com o suspiro. Deixaste ir, largaste tudo no porão e subiste a vela ao sabor do vento, deixaste ir... levas um pedaço de mim a cada olhar vazio, a cada beijo não dado. e eu continuo cheio... nao foste tu quem levou o cofre, nao foste tu que levou tudo o qque tinha para dar, o amor que tinha para dar. Continua aqui guardado. Quando sair é para viver, ou para morrer.Talvez seja teu... Talvez não
terça-feira, 17 de maio de 2016
Sinto me envergonhado. Pelas figuras tristes que ja fiz. Sinto me ressentido e mais que tudo triste, por continuar a ser a pessoa defensiva que sou. Por continuar a não dar tudo. Por não aprender. A minha inteligência emocional está ao nivel de um toddler. Do que me conheço, sou uma merda, mas eu conheço me muito mal, na grande parte nao sei quem sou. Nao sou o bonzinho e na maior parte bem disposto que trata toda a gente bem. Nao sou o explosivo que diz e faz sem pensar. Nao sou o artist que pensa que é criativo. Nao sou o gozao e palhaço que imita e faz rir. Sou um pouco de todos, nao sou nenhum. Não sei quem sou. Não sei o q quero, não antes de o perder. Não sei quem sou. não sei quem sou. Não sei quem sou. Não sei quem sou. Sou um gajo que precisa de ajuda mas não quer ser ajudado. Porque ninguem vai conseguir. Sou fraco, a solução para mim é sempre a mesma é sempre a fácil. Não tou bem. Não sei quem sou. Não consigo dormir. Não sei o que quero. Não sei quem sou.
domingo, 8 de maio de 2016
Ainda sinto o peito cheio
Ainda sinto os olhos cansados. Evito o sono, para não ter de acordar. Para não ter de reviver a lucidez da verdade. Os gritos, o barulho, a confusão. Levam me à loucura. E o meu quarto não é pequeno nem escuro o suficiente.
Ir embora é sempre tão difícil. Ambos cansados. Ambos fartos. Ambos demasiado conscientes e conformados com o fim para o rumo torto que as coisas levaram.
Ainda sinto o corpo esgotado. Sem força.
Ainda te ouço a andar descalça no corredor.
Dizer adeus ao amor é tão difícil.
Fazes me falta.
sexta-feira, 6 de maio de 2016
Repost - O meu texto favorito escrito por mim:
Acordo contigo todos os dias. Acordo e olho-te ainda no escuro. A quilómetros de distância, tu estás dentro dos meus olhos como estás dentro do meu peito. E se bate com força, és tu a crescer cá dentro. Acordo contigo todos os dias. Mesmo que por ora seja difícil de controlar o nosso espaço e o nosso tempo. Mesmo que as tuas mãos não estejam a distância suficiente para as apertar. Acordo contigo todos os dias. E à noite deito-me contigo. Contigo acredito que o amor possa ser suficiente. Que afinal o amor dá de comer. E mesmo que não dê, mesmo que o meu corpo não resista, mesmo que o tempo ou a distância nos deixe de mãos vazias, valerá a pena. Contigo vale a pena e o amor vale a pena. Acordo contigo todos os dias de manhã, e deito-me de noite, com ou sem o teu corpo, e olho-te os olhos, sinto o teu cheio… e peço um desejo.
Um dos meus poemas favoritos de sempre, que hoje se encaixa em mim como nunca
o ódio transforma-se em tempo, o amor
transforma-se em tempo, a dor transforma-se
em tempo.
mais impossíveis, mais permanentes e imutáveis,
transformam-se devagar em tempo.
a idade de nada é nada.
a eternidade não existe.
no entanto, a eternidade existe.
os instantes do teu sorriso eram eternos.
os instantes do teu corpo de luz eram eternos.
domingo, 1 de maio de 2016
Sou perigoso. Eu sei que tenho tendência a querer tirar uma colherzinha de chá só para provar. Acabo por me contentar com o cheiro e o observar da textura... Mas eu gosto tanto de ti, arrependo me sempre e rezo um Avé Maria pelo pecado da gula. Afinal, o que é que pode ser melhor que chocolate com avelã?!