A poesia que mais gosto é das coisas simples, como o comboio a chegar, uma pessoa a aconchegar-se do frio ou a ponte lá ou fundo a espreitar por cima dos prédios. O quente que sinto dentro de mim por te ter perto dos homens, a cheirarem te o sangue de menina a quilómetros, é o equivalente aos mais ásperos ventos a entrarem nos meus pulmões inflamados. Porque a poesia faz de mim assim, a sentir tudo com mais força, até o sol que varre as árvores.
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