sábado, 26 de novembro de 2016

Eu sofro de sentir demais. Mais frio, mais calor. Mais raiva e amor. Eu sofro de desejar demais. Das perdidas futuras e de não tê-las. Eu sofro das texturas ásperas que me calejam, da luz que me nubla, da palavras faladas e das mudas. E grito tudo em ondas surdas.

sexta-feira, 25 de novembro de 2016

My soul has been whisked away, I am but an empty shell, a physical body encasing a dark void. I lay here detached from all sense of time and space, unable to move or speak. – N.H.

sexta-feira, 18 de novembro de 2016

No que toca a histórias. As nossas. As que criamos todos os dias, umas com mais sorte e impacto que outras. No que toca às nossas histórias, que eu bem tento cruzar, fazer planos é tão eficaz como resolver um puzzle de olhos fechados. E ainda para mim, que faço vida de construir histórias e resolver puzzles, a omnisciência faz-me falta.

quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Your face shrunk as you said nice to meet you. Your eyes told me that you were not expecting me, those honey coloured balls reflecting your soul. And as your cheek muscules froze... The first think you ever told me was a I love you. Well, Iove you too, you sweet little thing.

sexta-feira, 11 de novembro de 2016

És a escultura perfeita de uma coisa perfeita. Ao pé de ti o meu coração dança e os meus joelhos quase tremem. Os músculos da minha cara descontrolados e as borboletas a voarem dentro de mim. Amores unilaterais sempre com marca de água no lado esquerdo do meu peito. Bastava um beijo teu para eu poder morrer, tu roubas-me toda a poesia, enches me o peito ao ponto do rebentamento, engasgado em vontade e perplexão. Eras tu, mesmo cego. Eras tu. És a escultura perfeita de uma coisa perfeita. E eu queria ser teu para sempre.

sexta-feira, 4 de novembro de 2016

Só a ínfima possibilidade, mínima minuscula, microscópica possibilidade, de isto poder ser mais, de eu poder provar tudo o que em ti é perfeito e mergulhar naquilo que sempre quis - voltar ao sonho em 2003, em que sonhei com a mulher da minha vida e acordei com um puzzle sem cara - faz o meu coração cheio, e o passado parecer irrelevante. Borboletas na barriga.

A perfeição não pode ser descrita, nem desenhada, representada ou fotografada. O mais perfeito que posso querer, o mais exacto e certeiro, existe num mundo paralelo ao meu, tanto físico como etéreo, no qual eu sei exactamente aquilo que quero e sei dizê-lo pelas palavras que não existem aqui. A perfeição não existe enquanto materialização do querer. Ou pensava eu. Diante do piscar dos teus olhos verdes e a possibilidade de poder-te parar a respiração por momentos, para que possamos respirar juntos. E diante do teu sorriso tímido e sincero que me abre o coração como se abrem os meus pulmões ao ar frio de inverno... se eu pudesse, se conseguisse e me tornasse omnipotente, como um Deus, naquele momento, a perfeição serias tu.