sábado, 24 de dezembro de 2016

Aquela conversa de circunstância, aquela conversa de merda, sobre assuntos irrelevantes, sobre o quão quente é a tua casa, ou o quanto gostas de doce de ovos. Conversa que acrescenta zero, ou perto disso. A conversa que eu e tu criamos sem grande dificuldade. Fluída, mas que poderia acabar a qualquer segundo se um de nós quisesse, e chamaríamos de terminada. Que contigo é interminável, porque queremos dizer coisas irrelevantes um ao outro, e saber as coisas irrelevantes um do outro e sentirmos-nos aconchegados por dentro com as mãos em cima das palavras um do outro, palavras que espero que me sussurres ao ouvido - "não gosto de doce de chila" - e arrepiares-me por dentro. Assim nasce amor, devagarinho.

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