quinta-feira, 14 de julho de 2016

Diário ep 2 | Social

Ultimamente tenho feito um grande esforço para colmatar um grande erro do meu passado. Ser anti-social como à puta que pariu. Tenho tantado falar com gente nova e falar com gente velha, tento comunicar com gente que não conheço e que conheço mais ou menos, tento ser um bocado mais interesseiro do que o que era e tento dizer boa dia a toda a gente. Tenho aprendido umas coisas com isto, tenho aprendido que eu à distancia visto assim pelo buraco da fechadura posso parecer interessante, que falo mais facilmente com gente com 10 anos a mais que eu e que sou uma seca. Hoje percebo porque é que sou uma seca a maior parte das vezes, porque sou medroso, e percebo também porque é que posso parecer mais interessante para pessoas que não quero agradar, porque com essas não há grande medo. Arriscar não é, definitivamente, comigo. Aprendi que existem tantas pessoas iguais no mundo que só ficas sozinho se tiveres azar, que as pessoas existem em padrões, e que se te lançares uma rede para fora de pé, se tocares musica alto o suficiente ou afinares a pontaria da pressão de ar, qualquer dia pode te calhar um sardinha, uma bailarina da formada na Bolshoi, ou uma alvéola-citrina.

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