Este sentimento de impotência é uma coisa que nunca irá
embora. Esta sensação de ser completamente impotente perante os sonhos, esta incapacidade
de conseguir prever os pequenos passos que me poderiam levar lá. Eu costumava
esperar. E esperava, sentado na esperança, que um dia se fizesse luz. Hoje as
minhas entranhas apodrecem quando dou conta que já não espero. Que já não há esperança
para me sentar. Que os sonhos estão mortos. Por vezes até me sinto estúpido de
alguma vez ter acreditado. Quando eu costumava esperar. Incapaz de ir em frente
ou voltar para trás. Como se de mãos atadas atrás das costas, acabasse por me
renegar e aceitasse ficar preso. Consciencializado que os sonhos são só para
alguns. Eu costumava esperar, hoje limito-me a sonhar com os sonhos, e acordar
triste.
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