domingo, 22 de abril de 2012


Há dias que nem desnascer me apetece. Apetece-me parar de existir. Apetece-me ser morto, ou deixado em coma para sempre. Há dias que não são dias. São pressão. São angústia. Há dias que são vontade de morrer. Não só o amor é querer morrer, como o ódio é querer morrer, sem força sequer para ter odio. Dias em que o meu coração quer explodir e eu quero que ele exploda. Quero ser deixado num canto sozinho, sem mais seres vivos e sem luz. Quero-me ir embora e não quero ter que mexer as pernas ou pensar. Quero-me ir embora da existência, se a existência fosse um sítio, eu queria ir para outro. Queria abrir a porta da existência passar para o outro lado e fechar a porta nas minhas costas. Sem pensar duas vezes, um passo para o escuro. Um passo para a morte.

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