domingo, 12 de fevereiro de 2012

Toma a tua mão de volta

Porque é que eu escrevo? Porque é que gasto tempo a passar para palavras o que me vai na cabeça? Eu que sempre achei a escrita uma actividade absurda e chata.
Escrevo porque me liberta. Tiro tudo de cá de dentro, para poder conseguir saltar. Escrevo porque registo o que penso acreditando ou não. Escrevo como tiro fotos. Escrever é como tirar fotos ao meu interior e ao não palpável. Para não esquecer. Para relembrar. Eu gosto da nostalgia, é um sentimento que nos fica bem. Mas porque é que as ponho p’ra fora? Porque é que publico? Porque é que me exponho? Exponho-me na esperança que gostem de mim. Escrevo e dou porque gostarem do que escrevo é gostarem de mim. Porque quero mais alguém aqui dentro. Provavelmente não o mostro, mas a resposta é o que me mantém a andar. O feedback é que me põe a andar. Continuo porque sei que não é em vão. Que do outro lado estás tu, que lês. E que voltas. Que me dás a mão sem saber. Obrigado. Por voltares, por gostares. Por me aceitares como partilha. Obrigado,

toma a tua mão de volta.

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