Eu consigo sair sempre de asas partidas,
de bolsas rompidas, de cofre remexido,
a sangrar do ouvido, das palavras que não me dizes,
e das dedicatórias que corroem, que me matam e moem.
Tanto tempo perdido, tempo vazio,
Fui só eu que no final viu,
As costas usadas pelo teu peso e lágrimas,
As minhas, para as entranhas bem lavadas.
Sempre mudo, escondido, para te poupar,
Agora a paga é apagar, tudo o que nos fez gargalhar,
E exaltar, puxar para cima,
O pito a saltar, o bico que a carne afina.
Hoje é a partilha de bens de "Eu o ciumento",
Que se foda o teu cio mentes com todos os dentes,
E a conversa fiada pra públicos pouco exigentes,
Prefiro que estejas na mamada que com dedicatórias nas paredes.
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