domingo, 8 de maio de 2016

Ainda sinto o peito cheio

Ainda sinto o peito cheio. Pesado. Triste.
Ainda sinto os olhos cansados. Evito o sono, para não ter de acordar. Para não ter de reviver a lucidez da verdade. Os gritos, o barulho, a confusão. Levam me à loucura. E o meu quarto não é pequeno nem escuro o suficiente.
Ir embora é sempre tão difícil. Ambos cansados. Ambos fartos. Ambos demasiado conscientes e conformados com o fim para o rumo torto que as coisas levaram.
Ainda sinto o corpo esgotado. Sem força.
Ainda te ouço a andar descalça no corredor.
Dizer adeus ao amor é tão difícil.
Fazes me falta.

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