A vida deu-me a comer a tristeza. Colher a colher encheu-me
a boca, encheu-me o estomago de fraqueza, ensinou-me o que era carpir. Ela fugiu.
Matou-me a alegria, tirou-me tudo o que tinha, meteu-me a mão no bolso da
camisa e enfiou uma faca suja e fria. Tento manter a cabeça erguida, ainda que
com olhos ensanguentados. Tento com a alma vazia, manter os sorrisos fabricados.
Estes definitivamente não são os meus dias, tudo me manda para baixo, mas desde
que tu me sorrias, tenho os meus sonhos bem guardados. Não tenho sangue, ao que
dizem, sou pouco abrutalhado, mas isso é de quem não cabia, não conhece ou
conhecia o meu guerreiro mal-amado.
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